sexta-feira, 4 de março de 2011

Pátria Amada!

Desde o primário, estudamos a história da conquista, ou devo dizer, invasão do Brasil. Guardamos na memória e, sempre ao sermos questionados – Quem descobriu o Brasil? – nós, os pobres aprendizes, sem chance de reflexão e convictos de que já sabemos a lição, respondemos – Pedro Alvares Cabral!

É claro que para os “Pedros”, que não conheciam as terras por estes lados, foi uma grande descoberta. Que descoberta! Ouro, madeira, muita terra e uns “animais parecidos com os homens”: Os índios, são os verdadeiros donos do Brasil, que perderam a sua cultura e muitos foram mortos.

É Brasil! Sua “descoberta” não foi lá grande coisa. Levaram tudo que nos pertence. Resta-nos apenas ter forças para pagar as dívidas que nos deixaram. O pior é que não acabam! Está afirmação está contida dentro do filme Rans Staden, que mostra, claramente, o roubo das nossas riquezas e a mistura da cultura indígena com a do homem branco.

O filme é de uma beleza e riqueza sem precedente, mostrando como se deu a miscigenação da cultura indígena no início do descobrimento do Brasil, ainda mais comparando com as “15 cenas de descobrimento de Brasis”, metáforas elaboradas, e bem elaboradas, por Fernando Bonassi.

O conto “15 Cenas de descobrimento de Brasis” mostrou o retrato vil do massacre da cultura de um povo, desprotegido de tecnologia, mas rico em sabedoria.

Os índios foram usados como mercadorias nas mãos dos comerciantes e tiveram que aprender as malícias dos colonizadores, a usar da sua inteligência, a aprender a fazer e a conseguir armas, pois as que eles tinham não eram suficientes para se contrapor à esperteza dos invasores.

É Brasil! Pátria amada, de belezas mil! Sua estória tem História de um povo que quase já sumiu. Os que restam clamam por justiça. Que justiça? Pois, hoje já não são somente os índios, são negros e brancos, pobres e miseráveis clamando pelos braços da “Pátria Amada Brasil”.

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