Um dos absurdos da vida é quando alguém não consegue vencer e coloca a culpa nos outros. Pior, não olha ao seu redor e ver que sua vida é simplesmente um olhar para si, sem enxergar as potencialidades que estão a sua volta e coloca um “eu" soberano que chega a ser encarado como soberba e arrogância. Todo isso para responder ao artigo do homem que se diz fundador do PT em São Cristóvão e que não soube captar as novas lideranças que surgiram.
Primeiro, quando o nosso grupo re-fundou o PT de São Cristóvão, que foi extinto pelo abandono dos seus primeiros fundadores, entre eles Marcos Santana e companhia, que acabaram com o partido e, pelo que nos contam os mais antigos na política de São Cristóvão, não tem nada haver com problemas familiares, mas de acomodação política. Pois, quando assumimos o PT não sabíamos quem era ele e tivemos um trabalho enorme para refazer a o que eles tinham destruído. Mesmo assim, certa feita, quando de uma reunião na sede do nosso partido, chegou Marcos Santana, dizendo-se um dos fundadores do PT, o acolhemos e demos o espaço que qualquer filiado tem.
Com a chegada de Marcos Santana, vimos a possibilidade de mais um nome para futuras disputas, só que ele, com a arrogância que lhe é peculiar, passou a destratar a nós e aos que participavam das reuniões, que sempre foram constantes na vida do partido. Daí, um partido que chegou a ZERO de filiados, pelo abandono anterior, estava à época, por volta do ano de 2004, com aproximadamente 400 filiados, e, hoje, mesmo com a saída do seu grupo, está com quase 700 filiados. Portanto as pessoas tinham e tem em nós, não como caciques e chefes, mas lideranças forjadas na labuta do trabalho partidário e inserção social.
Sua arrogância foi quem o afastou dos filiados, de nós e do PT, mas mesmo assim, na época da disputa interna de 2004, o chamamos, inclusive na minha residência, para pedirmos que ele melhorasse o seu jeito junto aos filiados e, a resposta que recebemos era de que não iria se prostituir.
Marcos Santana há muito tempo não é do PT. Desde o processo em que ele perdeu internamente, quando lançamos candidato próprio em 2004, contra o finado Zezinho da Evereste, diga-se de passagem, sob a tutela e de sua defesa intransigente junto com a do Deputado petista que à época ele seguia. Não fizemos coligação com Zezinho e ainda fomos levados a aprovar uma resolução da não participação de nenhum filiado do PT no governo eleito de Zezinho da Evereste. Para nossa surpresa, poucos meses depois, Marcos Santana, integrou à administração de Zezinho, nos informando, em carta, o pedido de afastamento do PT.
O estranhamento se deu porque, nos comícios contra Zezinho, Marcos Santana, fervorosamente, discursava afirmando que outro correligionário presente no palanque de Zezinho, tomou todos os remédios para evitar a anciã de vômito, por suportar estar no mesmo palanque que os irmãos “Correia”. Pois bem, Marcos foi parar no governo de Zezinho como Secretário de Governo e depois acumulou Governo e Secretário de Finanças. Desde essa época vem defendendo os interesses do PMDB, sempre como braço direito do ex-deputado prof. Wanderlê.
Como Marcos queria continuar tendo o apoio dos petistas? Ao contrário do que ele afirmou de forma caluniosa e difamatória, em que nas disputas internas favorecemos a filiados, não foi o que ficou evidente, pois, nas últimas disputas quem usou da máquina municipal com o apoio de secretários e da estrutura do deputado para tentar nos derrotar foi o seu grupo e, mesmo assim, ganhamos com quase 70% dos votos.
Como provamos, por reconhecimento da nossa liderança juntamente com o vice-prefeito Cláudio do Sanclau, sempre fomos vitoriosos. Falando nisso, vale lembrar que Marcos afirmou cumprir fielmente as decisões partidárias e não foi isso que ficou evidente na última eleição, na qual indicamos o nosso Vice em uma chapa e ele apoiou outra chapa comandada por um ex-prefeito. Por tudo isso, cabe aos leitores fazer o julgamento. Fundador ou “afundador” do PT? Queria ajudar ou complicar as relações?
Edmilson Brito
Membro do PT São Cristóvão.
